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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lidando com o Vitiligo

A pele é o maior órgão do nosso corpo e também o que esta mais mais exposto. É o limite entre nós e o meio externo. Ao mesmo tempo que nos protege também nos expõe, já que é a primeira coisa que se observa nas pessoas.
Quando as pessoas olham alguém com alterações de pele comumente reagem com ansiedade. Podem se retirar apressadamente, trocar de assento no ônibus ou virar o rosto.
Alguns, no entanto, ficam olhando fixamente, comentam com o acompanhante, apontam e chamam a atenção ou fazem comentários desagradáveis. A pessoa que parece diferente muitas vezes se isola e evita lugares abertos e movimentados para não ser notada.
Viver com uma doença de pele leva a problemas especiais, não é como conviver com outras doenças. Ninguém pode dizer imediatamente se outra pessoa tem diabetes ou doença cardíaca. O que está escondido é fácil de ignorar. O que nós pensamos de nós mesmos e o que os outros pensam a nosso respeito é afetado pela nossa aparência.
Com o aparecimento do vitiligo vem a perda de algo muito especial. Sua aparência muda e pode continuar mudando e você não tem controle sobre isso. Toda perda envolve mágoa e dor. Perder algo que é parte de você – e o que pode ser mais parte de você do que sua própria cor? - é muito intenso.
Se você desenvolveu vitiligo, tem que respeitar o seu tempo de adaptação, e isso pode ser um longo processo até você aprender a lidar com essa mudança e por vezes com as mudanças que continuam acontecendo.
Sua família e seus amigos vão provavelmente querer ajudar e apoiar, mas podem não saber como fazê-lo. Eles podem se sentir constrangidos, embaraçados e em dúvida de como falar. À medida que começar a falar e expressar como se sente, irá ajudá-los. Se você começar a falar sobre seus medos, ansiedade e incertezas provavelmente esses sentimentos ficarão menos intensos.
Um dos grandes problemas do vitiligo é que a aparência muitas vezes muda constantemente e a pessoa vive com medo que as coisas possam ficar ainda piores do que estão. Em momentos de mudanças rápidas você pode ter que se reajustar diversas vezes. Sua família e seus amigos podem ter dificuldade em entender isso; irá ajudá-los muito se você compartilhar seus sentimentos com eles.
Talvez seja difícil para sua família entender porque você precisa daqueles momentos de adaptação. Se eles o aceitam como você é, pode ser difícil para eles entender o motivo de você não se aceitar. Eles podem não entender que por vezes você se sente sem controle da sua vida e que gostaria de poder controlá-la novamente. Para eles você é apenas a mesma mãe, mesmo pai, irmão, primo, filho, avô, amigo, que sempre foi.
Se você sente que precisa de mais ajuda para se ajustar com sua aparência do que sua família e seus amigos podem oferecer, não tenha medo ou vergonha de recorrer a um psicólogo.
Muitas pessoas sentem raiva intensa: “Por que isso aconteceu comigo?”, “O que eu fiz para merecer isso?”, “Isso não é justo”., “Eu odeio pessoas que ficam me encarando”. Se você tem esses pensamentos, saiba que a maioria dos portadores de vitiligo tem idéias semelhantes.
Raiva é uma emoção muito intensa, que pode ser bastante assustadora e difícil de lidar. Algumas pessoas acham a raiva tão assustadora e difícil de manejar que ao invés de expressarem sua raiva e frustração elas viram esses sentimentos contra elas mesmas. Fazer isso pode ser bastante autodestruidor e pode separar você de sua família e seus amigos que querem apoiá-lo. Emoções fortes que são suprimidas geralmente levam ao aumento da tensão e estresse no seu corpo; isso é ruim para seu vitiligo, para sua saúde geral e para sua personalidade.
Ao reconhecer sua raiva como fonte de energia, você pode utilizá-la para alcançar algo positivo. Faça sua raiva trabalhar para você e não contra você.
O portador de vitiligo a quem é dito que a doença é “puramente cosmética” e que ele deve “seguir com sua vida”, pode se sentir deprimido e culpado, já que não aceita sua condição.
A doença não é estética, mas também não põe em risco sua vida. Não é contagiosa e nem motivo de vergonha. É importante procurar ajuda especializada, andar de cabeça erguida e fazer o tratamento prescrito. Sua melhora não depende unicamente de você, dos medicamentos ou do médico. É o esforço conjunto que promoverá o melhor resultado.